sábado, 14 de março de 2009

Carta aberta aos direitos humanos

No Brasil muitas pessoas estão sendo mantidas em cárcere sem que tenham cometido crime algum. Alega-se que se tratam de doentes mentais quando, na verdade, elas não tem doença alguma, excetuando as causadas pelas próprias drogas que lhes são ministradas a força.

Essas pessoas vivem completamente alienadas, pois lhes é negado o acesso a cultura, a informação de bom nível, ao estudo e ao desenvolvimento enquanto seres humanos. 

Cito o caso do interno Wilson Madeira do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba, vítima de drogadição e, possivelmente, de abuso sexual por parte de funcionários do HPJ e de outros internos. Menciono também o meu caso: após obter a sétima colocação brasileira na Olimpíada Iberoamericana de Matemática Universitária em 2006 sofri diversas internações absolutamente sem necessidade médica e sem que se cumprissem as condições para tanto. A motivação foi de caráter pessoal ou político.

Nessas internações tentaram, por diversas vezes, matar-me provocando um enfarte via mistura de medicamentos. Acordava a noite com 152 pulsações por minuto e ia queixar-me a enfermeira. Ela media meu pulso e dizia que estava normal, negando o obvio para não criar problemas com seus superiores. Quando chamavam um médico a única finalidade dele era me ministrar mais remédios - os mesmos que causaram a taquicardia. Certa vez, no Hospital Psiquiátrico de Jurujuba, perdi o equilíbrio e caí no chão. De tal forma fui drogado pelos meus algozes que vi o chão ir e voltar rapidamente e várias vezes, diante de meus olhos. Não sei porque tentaram matar-me, tudo que imagino até agora a esse respeito é mera conjectura.

Cito também o caso de Geraldo Lousada que é mantido em cárcere contra a vontade já há mais de 10 anos na Casa de Saúde Saint Roman, na cidade do Rio de Janeiro. Geraldo foi meu companheiro de quarto e manifesta constantemente a vontade de voltar para casa. Não percebi no comportamento dele nenhum motivo que justificasse sua internação por tanto tempo.

Há, ainda, o caso de Bruno Guimarães da Fonseca que é inteligente e não tem nenhuma doença mental. Ao contrário, ele é culto, busca desenvolver-se e manter a saúde. A despeito disso ele é mantido preso (internado) e se torna um verdadeiro escravo dos caprichos da família.

Penso que esta situação se mantém por três motivos:

  • A necessidade que o governo tem de uma opção para silenciar opositores políticos;
  • O fortalecimento da indústria de drogas psicotrópicas que movimentam cerca de 1 trilhão de dólares por ano;
  • A satisfação das pessoas mais velhas da família, que representam o poder instituído, em destruírem a vida de quem consideram não merecedores do sucesso, mantendo-as legalmente presas.
Mortes suspeitas pelo uso de drogas psicotrópicas ocorrem e algumas delas são noticiadas pela imprensa. A mais comentada foi a do campeão de Jiu-jitsu Ryan Gracie, que foi morto devido à administração dessas drogas.

Também há o caso de minha avó, Dermontina da Silva Campos, que aos 91 anos de idade foi submetida a drogadição por sua filha Vera Lucia de Campos que - amparada por médicos e pela cultura da impunidade e do favorecimento do status quo - ministrou Haloperidol e Neozine à sua mãe idosa, levando-a da incapacidade relativa à incapacidade total e finalmente à morte ao cabo de alguns meses. Então forjaram um laudo em que Dermontina teria, supostamente,  morrido em decorrência do mal de Alzeimer, doença que sequer foi cogitada enquanto minha avó ainda estava lúcida.

Tenho medo de morrer do mesmo modo.

Há um exame neurológico - ressonância com espectroscopia - que determina se alguém é esquizofrênico ou não. Entretanto, tal exame é feito muito raramente e geralmente a autoridade de um psiquiatra é suficiente para que uma pessoa seja considerada portadora de esquizofrenia. A autoridade psiquiátrica é tomada como verdade por todos, inclusive pelos demais médicos, sem que seja exigido o exame correspondente. Isto dá margem às mais absurdas arbitrariedades no que tange à diagnósticos psiquiátricos de esquizofrenia.

Tenho corrido risco de morte a cada nova internação. Tenho seqüelas das drogadições a que fui submetido à força desde 2007. Sofro de hipotireoidismo em decorrência dos remédios que me deram. Lesões neurológicas que quiça hoje eu tenha são devidas às drogadições a que fui submetido, e não a nenhuma doença pré-existente.

Pessoas de poder tem se valido da medicina para eliminar adversários. O serviço secreto tem sido usado para eliminar quem pode incomodar os poderosos. Penso que a princesa Diana tenha sido morta pelo serviço secreto, que meramente realizou o trabalho para o qual foi constituído: garantir que o poder permaneça nas mãos sujas de quem já o possua. O ex-presidente do Brasil, João Goulart, também foi morto desse modo e pelo mesmo tipo de pessoas. Também há que se mencionar Tancredo Neves, que morreu com um tiro. No dia do atentado a reporter Glória Maria, fazendo seu trabalho, iniciou a reportagem: "O presidente Tancredo Neves acaba de levar um" e a reportagem foi cortada, Glória Maria ficou um bom tempo sem aparecer e finalmente o assunto se transformou numa lenda, uma mera curiosidade.

Friso que muitas mortes como as aqui relatadas ainda ocorrem na atualidade no Brasil e, provavelmente, em todo o mundo.


3 comentários:

  1. Ha poucos dias atras numa sessão de apoio onde uma psicologa tentava nos ajudar a reconciliar um casamento fracassado, coloquei um pouco de pressão, talvez um pouco demais, eu disse que só um lado estava sendo tratado, eu! Eu precisava ser mudado, eu estava fora do padrão no qual elas gostariam de me ver, e confrontei inteligentemente os métodos utilizados, a ineficácia, a falta de bons resultados, tudo com comprovações do que eu dizia, então fui chamado de "bilateral", fui diagnosticado com um ditúrbio inventado para vários fins: para calar alguém que não se pode compreender ou vencer, para vender medicamentos (a industria de farmacos fatura mais de 100 BILHOES de dólares/ano só nos EUA com rem. psiquiatricos), e percebi claramente que foi uma saida dela pra escapar da situação que eu criei, ela não tinha saida, ou admitia seu fracasso, sua incompetencia ou me taxava de incapaz de lidar com meus pensamentos. Felizmente sou dono da minha vida, não fosse assim, ou se eu tivesse uma auto estima mais fragil, ou alguma dificuldde emocional qualquer que me fizesse mais fraco naquele momento eu teria, quem sabe, iniciado um tratamento para "curar" o meu disturbio, que na verdade nunca existiu, o que existe, modéstia a parte, até porque não tenho a intenção de me exibir já que estou aqui anônimo, o que existe não é disturbio, e sim um cérebro que gosta muito de pensar e filtrar as teorias que lhe são apresentadas, tanto que meu pai falava quando eu ainda era um adolescente: "tu quer saber mais que o dotô meu filho?" Aliás, um dos sintomas que indica que a pessoa tem o tal disturbio é: "pensamentos de grandiosidade, delírios de grandeza" como querer saber mais que o doutor hehehehe... A psiquiatria é realmente muito perigosa. Veja o vídeo "Psychiatry the fraud" no youtube, em ingles, ainda sem legenda em portugues, ou busque no youtube por "Dr. Thomas Szasz" esse video com legenda em espanhol. Boa sorte a todos e vamos manter nossas crinças longe do consultorios de psiquiatria.

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  2. Você é uma pessoa inteligente, bem informada. Estas clínicas não passam de Campos de Concentração nazista. São verdadeiros holocautos. Não há um jeito de você fazer u tratamento em CAPS/ Não é o que se espera, mas pelo menos é aberto ao público.

    Quando acordei que tratamento psuiárico não cura ninguém, já era tarde. A minha filha estava morta e tenho certeza que foi por drogadições em apenas 08 dias de internação.

    Tenho certeza que foi proposital, já que era pelo SUS e o médico viu que eu não ia deixar barato, se caso acontecesse o pior. Ele nem fez uma anamnese pra ver se o caso era ou não de internação e sabia que ela não podia tomar haldol e assim mesmo lhe ministrou tal medicameto+ amplictil+biperideno+daonil e isto em doses cavalares e injetáveis. Aqui ninguém mais foi internado nestas clínicas. São levados para o CAPS.
    Denunciei o caso ao MP. Estou correndo artás. Sei que a minha luta é ferrenha, mas não estou deixando-os em paz.
    Não há como você
    denunciar?

    03/05/2010

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  3. Visite os blogs:
    anacarolinacheideric.blogspot.com
    nercindaheiderich.blospot.com

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